Devo dizer que estou desiludido contigo, Lisboa (chamo-te Lisboa porque bani o uso do teu nome perto de mim).
Sempre pensei que ainda existisse a possibilidade de voltares, talvez ao jeito das comédias digestivas (aquelas comédias melosas dão nos fins-de-semana às 3 da tarde e que ajudam a digerir melhor o almoço) como se eu fosse o amor da tua vida e se fôssemos viver felizes para sempre. Peço desculpa se isto parece utópico, mas pelo menos a mim nunca faltou a vontade para o fazer.
Bem sabes que só pelo teu sorriso, não havia nada que eu não fizesse, quanto mais pela tua felicidade. Penso, que sabes também que com um simples estalar dos teus lindos dedos eu largava tudo e todos só para estar a teu lado.
A saudade sempre nos atacou forte, Lisboa. A nostalgia está-nos no sangue. Aquilo que fez a diferença foi o facto de ela ter feito o meu amor mais forte e o teu mais fraco.
Perguntei-me várias vezes se o teu amor era verdadeiro. Não me podes censurar por isso, Lisboa... Como pode aquele que eu tinha como sendo o mais forte e mais puro sentimento de todos esmorecer tão rapidamente? Mas sei que era bem verdadeiro. Depois de tudo o que dissemos e fizemos tinha que ser...
O que mais me desilude é o facto de achares que o teu orgulho está sempre em primeiro lugar. Nunca nos teriamos perdido se isso não acontecesse. Há coisas mais importantes e o orgulho e a auto-estima obtêm-se de várias formas. Ter-me-às sempre como um amigo pronto a ajudar-te, mas por agora: Adeus Lisboa, cidade mulher da minha vida.
as vezes gostava de poder escrever como tu, sentir alguma coisa ja seria o suficiente. Take care Kid-o. Beijo, salome
ResponderEliminar